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sexta-feira, 20 de novembro de 2009



Dia da Consciência Negra 20 de novembro






Quilombo dos Palmares, Zumbi, símbolo da resistência negra à escravidão, foi assassinado no dia 20 de novembro de 1965, por isso a data foi escolhida como o Dia da Consciência Negra, sendo incorporada à celebração nacional. Sua saga pela igualdade racial levou as autoridades a reconhecerem em 1995, depois de 300 anos da morte, sua importância quando um evento em Brasília chamado Marcha Zumbi dos Palmares reuniu trinta mil pessoas. Na ocasião, ele foi reconhecido pelo governo brasileiro como herói nacional.



As comemorações pelo dia da Consciência Negra em Salvador não param, e a população do estado onde tem mais negros fora da África, não poderia ficar de fora das homenagens. No Pelourinho, avós, mães, filhos, pessoas de comunidades do interior da Bahia chegam para festejar a data e relembrar a o dia da morte de Zumbi dos Palmares.




Até onde vai o seu preconceito?

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Subjetividade, Negro e Trabalho





1.Introdução
O objetivo do artigo elaborado pelos alunos deste grupo é discutir o preconceito racial e as barreiras encontradas pelos cidadãos negros no mercado de trabalho. Além das barreiras enfrentadas pelos negros no que tange a aprendizagem, as diferenças anatômicas entre brancos e negros, além de discutir questões relativas à distribuição de renda e com isto condição social.
A partir dos fatos acima citados, somos levados a pensar que há algo que faz com que os negros sejam a maioria daqueles que se encontram na linha da pobreza em nosso país, pelo fato de os negros terem sido trazidos para o Brasil para exercer a função de escravo que não lhe traz a principio nenhum rendimento financeiro, isto só começa a ocorrer de modo muito tímido a partir da assinatura da lei Áurea. A partir daí, os negros passam a viver como assalariados, ganhando o que mal dava para se sustentar.
Tendo em vista este breve resumo histórico tem-se uma hipótese de porque o negro até hoje é visto como um trabalhador desvalorizado e o modo como o negro é visto historicamente pela sociedade brasileira.
A psicologia como ciência procura vislumbrar maneiras para uma melhor inserção do negro no mercado de trabalho, onde é de conhecimento de grande parte da população brasileira, se não de toda ela, que há um grande disparate salarial entre o salário de um funcionário negro e um funcionário não negro na mesma empresa para realizar a mesma função.
Esta discriminação e preconceito são visto em varias áreas de nossa sociedade, como por exemplo, na educação, ambiente de trabalho, etc. Como vimos em (Barros, 2009) à aprendizagem se dá em meio social, através de incentivos ou repressões dadas por este mesmo meio onde o indivíduo está inserido. Assim, tem-se uma possibilidade de que o preconceito interfira na aprendizagem das pessoas que sofrem discriminação, tendo em vista a grande barreira existente entre os anos de estudo de um cidadão brasileiro negro e um cidadão brasileiro branco.
Até mesmo o Estado Brasileiro sabe da existência desta fossa que há entre a oportunidade dada a cidadãos negros e não negros. Tanto que o Estado busca diminuir esta diferença através de políticas publicas.



2.A difícil definição de raça
A biologia e a antropologia física criaram a idéia de raças humanas, ou seja, a idéia de que a espécie humana poderia ser dividida em subespécies, tal como o mundo animal, e que tal divisão estaria associada ao desenvolvimento diferencial de valores morais, dotes psíquicos e intelectuais entre os seres humanos ( Guimarães,2003).
Após a Segunda Guerra, assistimos a um esforço de todos os cientistas – biólogos, sociólogos, antropólogos – para sepultar a idéia de raça, desautorizando o seu uso como categoria científica. O objetivo eram apagar tal idéia da face da terra, como primeiro passo para acabar com o racismo. Alguns cientistas naturais, biólogos, tentaram impedir o uso do conceito na biologia, mesmo que tenha ficado claro que ele não pretendia mais explicar a vida social e as diferenças entre os seres humanos; propuseram que o seu nome fosse mudado, que se passasse a falar de "população" para se referir a grupos razoavelmente isolados, endogâmicos, que concentrassem em si alguns traços genéticos. Essa idéia de "população", apesar de próxima de "raça", seria extremamente útil em alguns estudos biológicos e, ao mesmo tempo, evitaria as implicações psicológicas, morais e intelectuais do antigo termo. Mesmo que se possa demonstrar estatisticamente que a população mundial, em termos genéticos, não pode ser dividida em raças, seria necessário, para alguns biólogos, conservar a idéia da existência desses grupamentos geneticamente mais uniformes (op. cit.).
As raças são uma construção social e devem ser estudadas por um ramo próprio da sociologia ou das ciências sociais, que trata das identidades sociais. Estamos, assim, no campo da cultura, e da cultura simbólica. Podemos dizer que as "raças" são efeitos de discursos. As sociedades humanas constroem discursos sobre suas origens e sobre a transmissão de essências entre gerações. Esse é o terreno próprio às identidades sociais e o seu estudo trata desses discursos sobre origem. Usando essa idéia, podemos dizer o seguinte: certos discursos falam de essências que são basicamente traços fisionômicos e qualidades morais e intelectuais; só nesse campo a idéia de raça faz sentido. Para a sociologia são discursos sobre as origens de um grupo, que usam termos que remetem à transmissão de traços fisionômicos, qualidades morais, intelectuais, psicológicas, etc., pelo sangue (conceito fundamental para entender raças e certas essências). É perfeitamente plausível dizermos, por exemplo, que os negros americanos, que têm a raça como categoria nativa se transformaram, em algum momento, em uma nação, formando um movimento nacionalista (op.cit.).


3. Quem é negro no Brasil?

Segundo o antropólogo Kabengele Munanga (2004), professor titular da Faculdade de Filosofia, letras e Ciências Humanas da USP, não é fácil definir quem é negro no Brasil, há pessoas que não se consideram como negras, elas introjetaram o ideal de branqueamento, assim a questão da identidade do negro se torna um processo doloroso.
Nos EUA não existe, pardo, mulato ou mestiço e qualquer descendente de negro pode simplesmente se apresentar como negro. Qualifica-se como negra qualquer pessoa que tem essa aparência. No contexto atual, no Brasil a questão é problemática, tornando-se complexo o conceito de negro,quando se refere a políticas de ações afirmativas, cotas, por exemplo. Entra em jogo também o conceito de afro-descendente, forjado pelos próprios negros na busca pela unidade com os mestiços. Na escola os livros trazem sempre o negro como escravo apanhando. Uma criança vai querer ser descendente de escravos? (op.cit.).
As ações Afirmativas começaram com a abolição da escravatura. Numa espécie de cadastro, todos aparecem no documento como negros de primeira geração. As miscigenações que aconteceram depois, clareando as peles das pessoas, não as tornaram brancas. Através da Biologia molecular foi mostrado que muitos brasileiros aparentemente brancos, trazem marcadores africanos, cada um pode se dizer um afro-descendente.
Quando dizem que a questão do negro é uma questão social, incomoda, pois o social acaba tendo nome e endereço. As relações de gêneros são uma questão social; a discriminação contra o portador de deficiência é uma questão social; a discriminação contra o negro é uma questão social. A discriminação racial precisa ser enfrentada. (op. cit.)
A tão falada divida social, sim, é devida unicamente aos negros. Foram eles que durante 300 anos construíram as bases econômicas do Brasil, em condições brutais de escravatura, a custo da completa exclusão da sociedade, impedidos de se educarem minimamente. O fato de que o trabalho do negro tenha sido, desde os inícios da história econômica, essencial à manutenção do bem-estar das classes dominantes deu-lhe um papel central na gestação e perpetuação de uma ética conservadora e desigualitária. Os interesses cristalizados produziram convicções escravocratas arraigadas e mantêm estereótipos que ultrapassam os limites do simbólico e têm incidência sobre os demais aspectos das relações sociais. Por isso, talvez ironicamente, a ascensão, por menor que seja dos negros na escala social sempre deu lugar a expressões veladas ou ostensivas de ressentimentos (paradoxalmente contra as vítimas). Ao mesmo tempo, a opinião pública foi, por cinco séculos, treinada para desdenhar e, mesmo, não tolerar manifestações de inconformidade, vistas como um injustificável complexo de inferioridade, já que o Brasil, segundo a doutrina oficial, jamais acolhera nenhuma forma de discriminação ou preconceito. (Koshiba, 2000)
O mercado de trabalho brasileiro está marcado por significativas e persistentes desigualdades de gênero e raça e esse é um aspecto que deve ser levado em conta nos processos de formulação, implementação e avaliação das políticas públicas em geral, e, em particular, das políticas de emprego, inclusão social e redução da pobreza. As diversas formas de discriminação estão fortemente relacionadas aos fenômenos de exclusão social que originam e reproduzem a pobreza. São responsáveis pela superposição de diversos tipos de vulnerabilidades e pela criação de poderosas barreiras adicionais para que pessoas e grupos discriminados possam superar a pobreza e ter acesso a um trabalho decente. (Santos, 2000)
Entre as principais discriminações sofridas pelos negros no mercado de trabalho, aponta ainda o acesso ao emprego, uma vez que muitas empresas com bons salários e benefícios não contratam negros ou, quando o fazem, são para os postos menos qualificados e com menores remunerações. O racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras. Onde existe a convicção de que alguns indivíduos e sua relação entre características físicas hereditárias, e determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais, são superiores a outros. O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré concebidas onde a principal função é valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos, em que alguns acreditam serem superiores aos outros de acordo com sua matriz racial. A crença da existência de raças superiores e inferiores foram utilizadas muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a história da humanidade (Torres, 2005).



4.A resposta estaria nos Genes?
Nos estudos que desejam coletar dados sobre a diferença de desempenho entre etnias, encontramos enormes dificuldades para a validação dos dados interpretados, pois muitos fatores interferem no resultado do estudo. Podemos citar que além do fator genético, o nível de motivação, treinabilidade e grau de instrução dos indivíduos, interferem na coleta de dados e resultados. (Okano e col. 2001)
Um trabalho aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual de Londrina, realizado na cidade de Londrina, com crianças e adolescentes, atendidos em Núcleos de Convivência pertencentes ao Programa “Lugar ao Sol” – Programa de Proteção Especial para Famílias e Adolescentes, realizado no ano de 2001, procurou observar se havia diferenças no desempenho motor quando comparado o sexo, a idade e etnias das crianças e adolescentes.
Utilizaram-se os testes motores de flexão abdominal modificado (FA) e “sentar-e alcançar” (SA). Os resultados do teste FA demonstraram melhor desempenho dos meninos em relação às meninas, bem como um resultado favorável para as crianças negras. Alguns estudos têm procurado investigar as diferenças étnicas quanto ao desempenho motor. Em geral, os resultados encontrados são favoráveis às crianças negras quando comparadas às crianças brancas. “Não se pode descartar a hipótese de que essas diferenças possam ser atribuídas a outros fatores, como os diferentes níveis socioeconômicos, e não exclusivamente aos aspectos étnicos” (Op. cit.).
Com o avançar da idade, os meninos e meninas de etnia branca apresentaram um acréscimo de 37 e 40%, respectivamente, no peso corporal, ao passo que os garotos e garotas de etnia negra, aumentaram 32 e 37%, respectivamente. Verificou-se, assim, que as meninas de ambas as etnias tiveram um incremento na massa corporal, proporcionalmente maior em relação aos garotos de mesma etnia. Com relação à idade cronológica, os meninos e meninas de etnia branca tiveram um acréscimo de 8 e 10%, respectivamente. Nas crianças de etnia negra o incremento atingiu 10% para os garotos e 12% para as garotas. Contudo, ao contrário do observado no peso corporal, as crianças negras apresentaram um aumento proporcionalmente maior na estatura quando comparadas às crianças brancas. O IMC apresentou um acréscimo com o avançar da idade de 15% e 14%, para garotos e garotas de etnia branca, e 8% e 7% para os meninos e meninas de etnia negra, respectivamente. Quanto ao desempenho motor no teste de flexão abdominal de acordo etnia verificou-se que as crianças de etnia negra apresentam resultados estatisticamente superiores em relação aos de etnia branca. Os dados confirmam os encontrados por (BERGER, R.A. & PARADISIS, R.L.1969. PONTHIEUX & BARKER 1965 apud OKANO, A. H. e col. 2001) que também verificaram melhor desempenho das crianças negras em relação às brancas.(OKANO e col.2001).
De acordo com estes dados podemos observar que pessoas de etnia negra podem, levando-se em consideração alguns fatores, desempenhar-se melhor em atividades que exigem melhor força física do que os de etnia branca. Nos últimos 35 anos, os quenianos se estabeleceram como os melhores corredores de distância do mundo. Eles possuem nada menos que 38 medalhas olímpicas em distâncias entre 800 e 10 mil metros. Qual seria então a relação entre a genética e o desempenho motor que leva os negros a alcançarem os melhores resultados em muitas atividades esportivas? Segundo os dados da pesquisa realizada em Londrina, os garotos negros possuíam melhor desempenho quando comparados com as crianças brancas. Apesar de poucos estudos específicos para comprovação da “superioridade” negra em desempenhos motores, observamos que em muitas atividades o sucesso da etnia negra é evidente, levando-nos a validar os resultados alcançados nos estudos dedicados a este tema (Okano e col.2001).



5. Cota Racial
O Sistema de reserva de vagas surge na década de 1960 nos Estados Unidos conceituada como uma forma de Ação Afirmativa que pode ser definida como medidas especiais e temporárias, tomadas ou determinadas pelo estado, espontânea ou compulsoriamente, com o objetivo de eliminar desigualdades historicamente acumuladas, garantindo a igualdade de oportunidades e tratamento, bem como de compensar perdas provocadas pela discriminação e marginalização, decorrentes de motivos raciais, étnicos, religiosos, de gênero e outros. Portanto, as ações afirmativas visam combater os efeitos acumulados em virtude das discriminações ocorridas no passado (GTI, 1997;Santos,1999;Santos,2002). No Brasil o sistema de Reserva de vagas surgiu em 2000 com a aprovação da lei estadual 3.524/00, de 28 de dezembro de 2000.
O sistema de cotas é considerada uma medida polêmica, gerando debates acalorados nos círculos acadêmicos. É algo que divide opiniões, embora seja um consenso de que algo deva ser feito para diminuição das desigualdades entre os cidadãos e grupos sociais. Segundo Domingues (2005), devido o quadro de desigualdade racial nas oportunidades educacionais no Brasil são extramamente nescessarias visando um páis mais igualitario e as cotas racias consituem um eficiente instrumento para garantir maior representação do negro no mercado de trabalho. Segundo ele o unico modo de reverter o quadro de injustae desigualdade racial é a defesa de um amplo programa de ações afirmativas :
Com a politica de Ações afirmativas,é a primeira vez que o estado brasileiro implementa politicas publicas a favor da população negra, pois , em toda a historia do Brasil, essa população sempre foi alvo de politicas que os desfavoreciam. O Que dizer de quase trezentos anos de escravidão? (Domingues,2005,p.175)
Acredita ainda que opor-se as cotas racias e não apresentar nada de alternativo para enfrentar as desigualdade de oportunidades entre negros e brancos é fazer o jogo do opressor que, se de um lado há 117 anos, decretou a abolição da escravatura, de outro, empreendeu (e empreeende) uma politica de exclusão e racismo (op. cit.)
Como dissemos inicialmete a ação afirmativa, é uma medida polemica onde quem é contra acedita que além de perpetua o preconceito racial, perdem os estudantes brancos e estudantes negros afinal ninguém mais poderia concorrer a 100% das vagas movido pelo seu propio esforço, disciplina e talento, já que identidade de cor teria procendência sobre o merito do vesibulando. Na verdade a cota racial so favorece os politicos que encararam a cota racial com uma ideia de politica emergencial, temporario. Isto acaba por legitimar raça no Brasil, num páis onde muitos gostam de ser ‘morenos’, a dificuldade de definir quem é negro no Brasil, numa pesquisa realizada pelo IBGE (1976), foram encontradas 135 cores, diante de tal engenhosidade popular como definar a população brasileira negro e não negra? (Azevedo, 2004).
Seria um privilegio somente dos negros, afinal nos temos outras minorias no pais que também são discriminados como pobres, gays e obesos, Seria mais justo reservar as vagas para alunos carentes de escolas públicas ja que o probelma de pouco representação de negros nas universidades públicas estaria ligado a pobreza e a má qualidade do ensino público no Brasil (Menin, 2008).
Esses argumentos contrários a cota racial ás cotas raciais apoiam-se no valor da igualdade da capacidade e direitos entre negros e brancos, resultando na defesa da igualdade de ofertas e condições de entrada nas universidades e rejeitando qualquer medida de favorecimento ao negro (op. cit.).
As estatisca tem demostrado a cada censo, que a população negra é a que menos tem tido acesso á educação, sobretudo ao ensino superior, é onde se concentra os maiores indices de pobreza e miséria, quando comparadas com a população branca. A partir do exposto, podemos dizer enfrentar a ideologia do mérito e da igualdade de todos perante a lei parece ser mesmo o grande desafio posto ás politicas de ação afirmativa. Observamos que o conflito de valores em que de um lado esta a ideia de justiça fundamentada no principio da igualdade e do mérito, e do outro, uma noção de justiça compesatória, cujo o obetivo é reparar,compensar e corrigir a discriminação racial sofrida no passado por grupos sociais que ainda os afetam no presente, colocando serios limites ao desenvolviemnto psicologico, social, econômico e cultural desses individuos. (Santos, 2003).


6.A discriminação social
De acordo com a teoria sócio-cognitiva de Bandura (1986), as crianças adquirem regras e padrões externos por meio da imitação de modelos e da compreensão das explicações dos agentes socializadores sobre a moralidade e seu significado social. A auto-regulação do comportamento dos indivíduos, realizada de acordo com regras e padrões internalizados, consiste na principal influência ao desenvolvimento da moral. Em suma, o desenvolvimento moral pró-social é visto como produto da interação entre forças sociais e capacidades cognitivas dos indivíduos que serão potencializados ou não pelo ambiente no qual estão inseridos.
Há a categoria de comportamentos pro- sociais, como auto controle, auto confiança, cooperação, de solidariedade que são aprendidos a partir da observação de um mundo real e simbólico.Verbalizar valores, explicitar comportamentos e promover discussão proporciona uma base de conceitos psicológicos para o desenvolvimento dos comportamentos. Para cada atitude há um conceito racional e cognitivo - crenças e idéias, valores afetivos associados de sentimentos e emoções que por sua vez levam a uma série de tendências comportamentais – predisposições. Desta forma, entende-se o preconceito como uma atitude tomada pelo o indivíduo através de conceitos que lhe são ensinados a partir de então são tomadas como verdades absolutas por seus seres sociais que são seres significativos na vivencia dos mesmos, levando-os a sentir, pensar, e conduzir-se em relação a determinado grupo de uma forma preconceituosa e racista (Crockik, 2006).
Tendo em vista com base nos argumentos citados acima a discriminação social contra os negros, dificulta sua inserção no mercado de trabalho podemos, com certeza, afirmar a existência de uma reserva de mercado em determinadas profissões que privilegia alguns indivíduos em função da cor da pele. Ë o que podemos constatar em amplos setores profissionais na sociedade capitalista brasileira. Enquanto algumas ocupações são deliberadamente preenchidas por brancos, onde estão situados os maiores rendimentos e as melhores oportunidades, outras abrigam aqueles indivíduos com menores possibilidades escolares e profissionais, como é o caso dos negros, auferindo rendimentos inferiores (Kilsztajn, 2005).
Estas desigualdades, que se prolongam o trabalho, estão presentes, também no interior do processo educacional e observamos isto na baixa escolaridade alcançada por negros em comparação com os brancos. As práticas discriminatórias presentes no cotidiano indicam a permanência do racismo à sociedade brasileira preserva profundas desigualdades raciais, de rendimentos, educacionais e ocupacionais (op.cit.).
Reconhecemos que é um desafio ultrapassar, as mudanças culturais e sociais, porem, esta realidade precisa ser mudada já que a raça é humana e que somos todos iguais é por isso que as políticas devem fazer é buscar a inclusão oferecendo melhores oportunidades aos pobres. Sejam eles negros, brancos, índios ou asiáticos. Imaginar que o fato de alguém ter a cor da pele neste ou naquele tom, faz dessa pessoa alguém melhor ou pior é tão imbecil para brancos quanto para negros (Crockik, 2006).

7. Conclusão
Concluímos nesse trabalho que o combate ao racismo não é uma função apenas do Estado. A sociedade também é responsável na medida que compreende que o racismo é uma crença ou idéia de que uma pessoa pode ser considerada pior que a outra apenas por causa da sua raça/cor fere os Direitos Humanos e a Constituição Brasileira. Além das políticas afirmativas que são voltadas apenas para um grupo racial discriminado e tem o objetivo de reduzir os efeitos da discriminação.
O mercado de trabalho brasileiro está marcado por persistentes desigualdades de gênero e raça este é um aspecto que deve ser levado em conta nos processos de formulação, implementação e avaliação das políticas públicas, e em particular, das políticas de emprego, inclusão social.
O racismo perpetua até nos dias de hoje, nos cargos de chefia quase sempre são ocupados por brancos, já os negros no trabalho informal ou mal remunerado.
Tendo em vista com base nos argumentos citados acima; a discriminação social contra os negros, dificulta sua inserção no mercado de trabalho podemos, com certeza, afirmar a existência de uma reserva de mercado em determinadas profissões que privilegia alguns indivíduos em função da cor da pele. É o que podemos constatar em amplos setores profissionais na sociedade capitalista brasileira.
As cotas raciais pode ser compreendida a partir da necessidade dessas “reserva de mercado”, devido a um fator político-econômico não são apenas as “suas” vagas que estão em jogo, mas também os seus futuros empregos, é por isso que as políticas de ação afirmativas são importantes.

CONCENTRAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DO RENDIMENTO POR RAÇA NO BRASIL

KILSZTAJN, Samuel e col. Concentração e distribuição de rendimento por raça no Brasil. Revista de economia contemporânea. 9(2). 2005. Rio de Janeiro. 367-384.

AUTORES
SamuelKilsztajn possui doutorado em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas, Brasil (1984) Pós-Doutorado pelo New School for Social Research, Estados Unidos (1987) Professor titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo , Brasil
CARMO, M.S.N possui graduação em andamento em Ciências Econômicas
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC-SP, Brasil.
Gustavo Sugahara possui graduação em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil (2004) Atuação em Economia Social
Investigador do Centro de Estudos Sobre a Mudança Socioeconômica , Portugal
Érica Lopes possui graduação em Economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil (2005)

RESUMO
O artigo inicia-se trazendo alguns dados de como a população negra se introduziu no Brasil e como a questão histórica pode trazer uma resposta satisfatória para poder justificar os números, ou seja, a população considerada negra é relativamente alta. Fala sobre a questão racial e como a distribuição per capita está relacionada com a raça/cor. O artigo enfatizou a dificuldade que se tem em discriminar quem é negro e quem é considerado não-negro, pois em algumas pesquisas realizadas pelo IBGE as raças ambíguas como morena e morena/claro aparecem, o que leva a uma postura diferente ao se considerar este ou aquele como negro. Uma questão importante ao se comentar a respeito do preconceito é que a maioria dos brancos entrevistados não se considerava racistas, mas conheciam sempre alguém que era. E os entrevistados negros diziam não ter sofrido discriminação direta, mas que conheciam alguém que havia sofrido. Ou seja, vítima e racista no Brasil é sempre o outro. Na primeira metade do séc. XX grande parte da população descendente de escravos ficou condenada a viver na marginalidade econômica. Isso aconteceu, pois sempre houve uma igualdade formal de direitos, mas nunca uma igualdade nas oportunidades. Percebe-se que o preconceito extrapola a questão escolaridade, pois mesmo negros com escolaridade equivalente a dos não-negros ainda possuem renda menor. Em 2001, de acordo com o artigo, um não-negro com rendimento domiciliar per capita mensal de R$ 1.375 fazia parte dos 5% não-negros mais ricos do país; e um negro com rendimento domiciliar per capita mensal de R$ 522 fazia parte dos 5% negros mais ricos do país. A má distribuição do rendimento no Brasil se reproduz na má distribuição do rendimento entre negros e não-negros, o que significa que a injustiça social no Brasil extrapola a questão racial e se manifesta também entre as categorias de raça/cor.

AS NOVAS FORMAS DE EXPRESSÃO DO PRECONCEITO E DO RACISMO.



LIMA, Marcus Eugênio Oliveira, VALA, Jorge. As novas formas de expressão do preconceito e do racismo. Revista estudos de Psicologia. 9(3). 2004. Aracaju. 401-411

AUTORES
Marcus Eugênio Oliveira Lima Doutor em Psicologia Social pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, ISCTE, Lisboa, Portugal, é professor no Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Sergipe.
Jorge Vala Doutor em Psicologia Social pela Université Catholique de Louvain (Bélgica), é professor no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, Universidade de Lisboa.

RESUMO
Observamos que os autores apresentam dados, baseados em pesquisas de coletas de dados, para apresentar o surgimento de teorias que apresentam as novas formas de apresentação do racismo na sociedade moderna. No período pós-segunda guerra ocorreram mudanças históricas significativas, tais como: a emergência dos movimentos pelos direitos civis nos EUA, os movimentos de libertação de antigas colônias européias, as conseqüências do nazismo e a Declaração dos Direitos Humanos. A partir deste momento as formas de expressão do racismo e do preconceito mudaram tão significativamente que se poderia pensar que estes fenômenos estavam em extinção. Com isso, a citação das teorias de racismo moderno, do racismo simbólico, do racismo aversivo, do racismo ambivalente, sutil e cordial vêm demonstrar as mudanças na forma de apresentação do racismo e que ele ainda está presente e parece ter bases suficientes para estar presente nas relações humanas por muito tempo. As diferenças que existam entre as novas teorias sobre o racismo, comum a todas elas é a afirmação de que as novas expressões do racismo são disfarçadas e indiretas, e caracterizam-se pela intenção de não ferir a norma da igualdade e de não ameaçar o autoconceito de pessoa igualitária dos “atores” sociais. Existem ainda críticas mais específicas, a determinadas teorias sobre o racismo. Mas o cenário de teorias e pesquisas apresentados apontam para a necessidade de uma maior ênfase de investigação das novas expressões de preconceito e de racismo no âmbito da psicologia social brasileira, a fim de encontrar elementos comuns e elementos particulares que assemelham e diferenciam o racismo e o preconceito no Brasil do racismo e do preconceito europeu e do norte-americano.
André Carvalho

COMPARAÇÃO ENTRE O DESEMPENHO MOTOR DE CRIANÇAS DE DIFERENTES SEXOS E GRUPOS ÉTNICOS



OKANO, A. H. e col. Comparação entre o desempenho motor de crianças de diferentes sexos e grupos étnicos. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. 9(3). 2001. Brasília. pp.

AUTORES:
Alexandre Hideki Okano
Doutorado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas, Brasil(2008)
Professor Adunto I da Universidade Federal de Alagoas , Brasil
Leandro Ricardo Altimari Doutorado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas, Brasil(2008) Professor Adjunto A da Universidade Estadual de Londrina , Brasil
Christianne de Faria CoelhoDoutorado em Nutrição Humana Aplicada pela Universidade de São Paulo, Brasil(2008)Atuação em Nutriçao E Exercício
pós-graduando da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho , Brasil
Edílson Serpeloni Cyrino
Bolsista de Produtividade em Pesquisa 2 | Orientador de Doutorado
Doutorado em Educação Física pela Universidade de São Paulo, Brasil(2002)
Pós-Doutorado pela Universidade Técnica de Lisboa, Portugal(2008)
Professor Adjunto D da Universidade Estadual de Londrina , Brasil


RESUMO

Observamos que o presente estudo procurou avaliar os diferentes desempenhos, adotando dois exercícios especificamente, levando em consideração não somente a etnia, mas também os sexos e as idades. Assim, o objetivo deste estudo foi estabelecer comparações entre o desempenho motor de 103 crianças pré-púberes (8-11 anos) sendo que para análise estatística empregou-se análise de variância (ANOVA). O estudo foi realizado em unidades educacionais localizadas na periferia do município de Londrina-Paraná e faz parte de um projeto mais amplo de intervenção nutricional, realizado na cidade de Londrina, região norte do Paraná (Sul do Brasil), com crianças e adolescentes, atendidos em Núcleos de Convivência pertencentes ao Programa “Lugar ao Sol” – Programa de Proteção Especial para Famílias e Adolescentes. A grande dificuldade para interpretação das informações produzidas por estudos relacionados à avaliação do desempenho motor de crianças e adolescentes reside no fato de que os resultados dos testes motores envolvem uma multiplicidade de fatores tais como grau de instrução, nível de motivação do executante, interação dos fatores genéticos com o meio ambiente ou ainda as diferentes características étnicas. Os resultados deste estudo sugerem que as diferenças sexuais e étnicas no desempenho motor precisam ser estudadas de forma mais ampla, incluindo sempre que possível uma análise dos aspectos sociais e culturais, parâmetros morfológicos, fisiológicos e até bioquímicos. Para facilitar a compreensão das diferenças no desempenho motor de jovens, futuramente poderá se fazer a inclusão de crianças e adolescentes de outras faixas etárias e diferentes níveis de maturação, bem como a utilização de outros testes motores.
André Carvalho

Representações de estudantes universitários sobre alunos cotistas: confronto de valores



MENIN, Maria Suzana De Stefano et al:Representação das cotas nas universidades: Confronto de valores. Educação e Pesquisa, 2008, São Paulo V.34 N°2 p.255-272.

Autora: Maria Suzana possui graduação em Faculdade de Psicologia pelo Instituto Unificado Paulista Objetivo (1977), mestrado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (1985) e doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (1992) e dois Pós-Doutorados na École des Hautes Études en Sciences Sociales (1996 e 2004). Atualmente é Professor Titular da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Desenvolvimento Social Moral e da Personalidade, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, representações sociais, desenvolvimento moral e educação moral.

Resumo: Os Psicólogos tratam nesse artigo a priori da polemica referentes a cota racial nas universidades brasileiras logo após fazem uma analise da pesquisa realizado (Shimizu et al.,2006) onde foram entrevistados 403 alunos universitários da universidade publica do estado de São Paulo que não adota a política de cotas, alunos de diferentes cursos, sexo, renda paterna e cor (auto declarada). Onde pode se verificar que apenas uma pequena parcela dos alunos negros aceita esse tipo de ação afirmativa. O referencial Adotado nesse estudo foi a teoria das representação sociais (Sousa, 2002: Arruda,2005; Menin e Shimizu, 2005). O Resultado alçados passaram para uma análise das resposta através do ALCESTE (analyse lexicale par contexte d'un ensemble de segments de texte, de Max reinert,1990), de maneira a investigar a presença da classe das repostas.
Conclui-se assim como a pesquisa a partir da analise das respostas dadas pelos alunos, acredita-se que estamos presenciando o questionamento de valores até então considerados justos nas politicas de acesso as universidades. Assim valores como justiça, igualdade, esforço próprio (mérito), sobre as quais a maioria das universidades respalda suas respostas opondo-se ás cotas, estão sendo questionados pelas políticas de ação afirmativa. Ao ver dos autores trata-se de conflitos de valores em que o sistema de ingresso no ensino superior é visto por parte da sociedade – pelo movimento negro, em suas diferentes organizações representativas, por intelectuais e alguns políticos - como um sistema excluente e injusto, que deixa fora da universidades negros e pobres, tendo como justificativa o pressuposto da justiça do mérito e principio oitocentista dos indivíduos perante a lei.
Walter Bruno

Da cultura ao inconsciente cultural: psicologia e diversidade étnica no Brasil contemporâneo.

ARAUJO, Fernando Cesar de. Da cultura ao inconsciente cultural: psicologia e diversidade étnica no Brasil contemporâneo. Psicologia ciência & profissão., dez. 2002, vol.22, no.4, p.24-33. ISSN 1414-9893.

Biografia do autor
Fernando Cesar de Araujo possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1988) e mestrado em Sociologia (área de concentração de Antropologia) pela Universidade Federal de Minas Gerais (2002). Atualmente é psicólogo judicial - Tribunal de Justiça de Minas Gerais - e professor adjunto de antropologia da FEAD-Minas. Tem experiência na área de Psicologia com ênfase em psicologia jurídica e psicologia analítica e pesquisas de Antropologia.
Palavras Chaves: Psicologia e cultura, inconsciente cultural, imaginário afro-brasileiro, Psicologia

Resumo:
Com base no artigo publicado por Araujo, as práticas da Psicologia como ciência, por muito tempo voltadas para a concepção universal do sujeito, hoje, dentro e fora do sistema, têm sido discutidas a respeito de sua relativização, pois, se não pensarmos as questões das diferenças culturais, sociais, étnicas ou religiosa, isto é, a diversidade de possibilidades de expressão do sujeito, tomamos a Psicologia numa perspectiva essencialista e biológica que pode ser perpetuada através dos tempos. Assim, hoje tentamos partir de uma concepção individual e universal para a valorização das diferenças sociais, culturais, étnicas, entre tantas outras que compõem a diversidade de nosso campos de atuação. E não precisamos ir muito longe para abranger contrastes continentais. Num país como o Brasil, onde temos tamanha diversidade de heranças étnicas e condições socioeconômicas, é imprescindível a valorização da diferença. Entende-se que as identidades se constroem através das marcas da diferença, por meios que vão desde sistemas simbólicos de diferenciação a situações de exclusão social. A discussão das questões culturais e étnicas é um tema que emerge com força no Brasil e o reconhecimento da cultura afro-brasileira torna-se um caminho obrigatório para o saber psicológico. Dessa forma, no momento em que a psicologia toma o sujeito com uma concepção essencialista, ela nega suas diferenças e o entende, o classifica de acordo com os conceitos teóricos e normas sociais universais e, é assim, também com essa concepção que ela se integra ao trabalho junto aos Direitos Humanos, aqui já não mais tão humanas.
Joyce Nepomuceno

Discriminação, cor e intervenção social entre jovens na cidade do Rio de Janeiro


CECCHETTO, Fátima e col. Discriminação, cor e intervenção social entre jovens na cidade do Rio de Janeiro (RJ, Brasil): a perspectiva masculina, Rev. Estud. Fem. Florianópolis n.14 2006,pp.199-218

Autores:
Fátima Cecchetto possui doutorado em Saúde Coletiva (2002) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e mestrado em ciências sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1997). Atualmente é pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Juventude, atuando principalmente nos seguintes temas: gênero, sexualidade, juventude, masculinidade e violência.
Simone Monteiro possui especialização em Psicopedagoga pela Universidade Camilo Castelo Branco (2005) . Atualmente é Direção da Sociedade Civil de Educação de Casa Branca.

Resumo:
Conforme relato apresentado por uma amostragem de jovens de zonas periféricas da cidade do Rio de Janeiro, vislumbra-se através do depoimento dos mesmos vários tipos de preconceitos e discriminações, em especial no mercado de trabalho. Quando se vê que a maior parte destes jovens esta ainda desempregada e sem perspectiva alguma de inserção no mercado de trabalho, tendo em vista conforme relato de um dos depoentes que a discriminação começa pelo lugar onde se mora. Outro aspecto importante e um fato citado pela pesquisa que a maior parte dos jovens que conseguem emprego são pessoas que tiveram acesso a projetos sócias e assim tem uma outra visão da gama de oportunidade que o individuo pode ter em sua existência, e a perspectiva de uma melhora e crescimento continuo do individuo. Mas esta discriminação deixa marcas na subjetividade da pessoa fazendo com que esta se sinta desvalorizada e menosprezadas por não conseguir colocação no mercado de trabalho formal, quando o consegue são vitimas de perseguição por parte de algumas pessoas sem contar o disparate salarial entre negros e não negros. Como afirma FREYRE “ estas imagens que temos dos negros vê de longa data”. E estes negros humanos brasileiros como nos são colocados em subempregos ou em situações desfavoráveis a seu próprio desenvolvimento e crescimento enquanto pessoa humana, devido ao fato de não conseguir enfrentar de frente tamanho preconceito no trabalho, que a partir da idade adulta alem dos estudos e o que desenvolve o homem.

Guilherme Junqueira Mesquita