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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Da cultura ao inconsciente cultural: psicologia e diversidade étnica no Brasil contemporâneo.

ARAUJO, Fernando Cesar de. Da cultura ao inconsciente cultural: psicologia e diversidade étnica no Brasil contemporâneo. Psicologia ciência & profissão., dez. 2002, vol.22, no.4, p.24-33. ISSN 1414-9893.

Biografia do autor
Fernando Cesar de Araujo possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1988) e mestrado em Sociologia (área de concentração de Antropologia) pela Universidade Federal de Minas Gerais (2002). Atualmente é psicólogo judicial - Tribunal de Justiça de Minas Gerais - e professor adjunto de antropologia da FEAD-Minas. Tem experiência na área de Psicologia com ênfase em psicologia jurídica e psicologia analítica e pesquisas de Antropologia.
Palavras Chaves: Psicologia e cultura, inconsciente cultural, imaginário afro-brasileiro, Psicologia

Resumo:
Com base no artigo publicado por Araujo, as práticas da Psicologia como ciência, por muito tempo voltadas para a concepção universal do sujeito, hoje, dentro e fora do sistema, têm sido discutidas a respeito de sua relativização, pois, se não pensarmos as questões das diferenças culturais, sociais, étnicas ou religiosa, isto é, a diversidade de possibilidades de expressão do sujeito, tomamos a Psicologia numa perspectiva essencialista e biológica que pode ser perpetuada através dos tempos. Assim, hoje tentamos partir de uma concepção individual e universal para a valorização das diferenças sociais, culturais, étnicas, entre tantas outras que compõem a diversidade de nosso campos de atuação. E não precisamos ir muito longe para abranger contrastes continentais. Num país como o Brasil, onde temos tamanha diversidade de heranças étnicas e condições socioeconômicas, é imprescindível a valorização da diferença. Entende-se que as identidades se constroem através das marcas da diferença, por meios que vão desde sistemas simbólicos de diferenciação a situações de exclusão social. A discussão das questões culturais e étnicas é um tema que emerge com força no Brasil e o reconhecimento da cultura afro-brasileira torna-se um caminho obrigatório para o saber psicológico. Dessa forma, no momento em que a psicologia toma o sujeito com uma concepção essencialista, ela nega suas diferenças e o entende, o classifica de acordo com os conceitos teóricos e normas sociais universais e, é assim, também com essa concepção que ela se integra ao trabalho junto aos Direitos Humanos, aqui já não mais tão humanas.
Joyce Nepomuceno

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