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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

CONCENTRAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DO RENDIMENTO POR RAÇA NO BRASIL

KILSZTAJN, Samuel e col. Concentração e distribuição de rendimento por raça no Brasil. Revista de economia contemporânea. 9(2). 2005. Rio de Janeiro. 367-384.

AUTORES
SamuelKilsztajn possui doutorado em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas, Brasil (1984) Pós-Doutorado pelo New School for Social Research, Estados Unidos (1987) Professor titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo , Brasil
CARMO, M.S.N possui graduação em andamento em Ciências Econômicas
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC-SP, Brasil.
Gustavo Sugahara possui graduação em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil (2004) Atuação em Economia Social
Investigador do Centro de Estudos Sobre a Mudança Socioeconômica , Portugal
Érica Lopes possui graduação em Economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil (2005)

RESUMO
O artigo inicia-se trazendo alguns dados de como a população negra se introduziu no Brasil e como a questão histórica pode trazer uma resposta satisfatória para poder justificar os números, ou seja, a população considerada negra é relativamente alta. Fala sobre a questão racial e como a distribuição per capita está relacionada com a raça/cor. O artigo enfatizou a dificuldade que se tem em discriminar quem é negro e quem é considerado não-negro, pois em algumas pesquisas realizadas pelo IBGE as raças ambíguas como morena e morena/claro aparecem, o que leva a uma postura diferente ao se considerar este ou aquele como negro. Uma questão importante ao se comentar a respeito do preconceito é que a maioria dos brancos entrevistados não se considerava racistas, mas conheciam sempre alguém que era. E os entrevistados negros diziam não ter sofrido discriminação direta, mas que conheciam alguém que havia sofrido. Ou seja, vítima e racista no Brasil é sempre o outro. Na primeira metade do séc. XX grande parte da população descendente de escravos ficou condenada a viver na marginalidade econômica. Isso aconteceu, pois sempre houve uma igualdade formal de direitos, mas nunca uma igualdade nas oportunidades. Percebe-se que o preconceito extrapola a questão escolaridade, pois mesmo negros com escolaridade equivalente a dos não-negros ainda possuem renda menor. Em 2001, de acordo com o artigo, um não-negro com rendimento domiciliar per capita mensal de R$ 1.375 fazia parte dos 5% não-negros mais ricos do país; e um negro com rendimento domiciliar per capita mensal de R$ 522 fazia parte dos 5% negros mais ricos do país. A má distribuição do rendimento no Brasil se reproduz na má distribuição do rendimento entre negros e não-negros, o que significa que a injustiça social no Brasil extrapola a questão racial e se manifesta também entre as categorias de raça/cor.

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