LIMA, Marcus Eugênio Oliveira, VALA, Jorge. As novas formas de expressão do preconceito e do racismo. Revista estudos de Psicologia. 9(3). 2004. Aracaju. 401-411
AUTORES
Marcus Eugênio Oliveira Lima Doutor em Psicologia Social pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, ISCTE, Lisboa, Portugal, é professor no Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Sergipe.
Jorge Vala Doutor em Psicologia Social pela Université Catholique de Louvain (Bélgica), é professor no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, Universidade de Lisboa.
RESUMO
Observamos que os autores apresentam dados, baseados em pesquisas de coletas de dados, para apresentar o surgimento de teorias que apresentam as novas formas de apresentação do racismo na sociedade moderna. No período pós-segunda guerra ocorreram mudanças históricas significativas, tais como: a emergência dos movimentos pelos direitos civis nos EUA, os movimentos de libertação de antigas colônias européias, as conseqüências do nazismo e a Declaração dos Direitos Humanos. A partir deste momento as formas de expressão do racismo e do preconceito mudaram tão significativamente que se poderia pensar que estes fenômenos estavam em extinção. Com isso, a citação das teorias de racismo moderno, do racismo simbólico, do racismo aversivo, do racismo ambivalente, sutil e cordial vêm demonstrar as mudanças na forma de apresentação do racismo e que ele ainda está presente e parece ter bases suficientes para estar presente nas relações humanas por muito tempo. As diferenças que existam entre as novas teorias sobre o racismo, comum a todas elas é a afirmação de que as novas expressões do racismo são disfarçadas e indiretas, e caracterizam-se pela intenção de não ferir a norma da igualdade e de não ameaçar o autoconceito de pessoa igualitária dos “atores” sociais. Existem ainda críticas mais específicas, a determinadas teorias sobre o racismo. Mas o cenário de teorias e pesquisas apresentados apontam para a necessidade de uma maior ênfase de investigação das novas expressões de preconceito e de racismo no âmbito da psicologia social brasileira, a fim de encontrar elementos comuns e elementos particulares que assemelham e diferenciam o racismo e o preconceito no Brasil do racismo e do preconceito europeu e do norte-americano.
André Carvalho
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