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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Representações de estudantes universitários sobre alunos cotistas: confronto de valores



MENIN, Maria Suzana De Stefano et al:Representação das cotas nas universidades: Confronto de valores. Educação e Pesquisa, 2008, São Paulo V.34 N°2 p.255-272.

Autora: Maria Suzana possui graduação em Faculdade de Psicologia pelo Instituto Unificado Paulista Objetivo (1977), mestrado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (1985) e doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (1992) e dois Pós-Doutorados na École des Hautes Études en Sciences Sociales (1996 e 2004). Atualmente é Professor Titular da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Desenvolvimento Social Moral e da Personalidade, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, representações sociais, desenvolvimento moral e educação moral.

Resumo: Os Psicólogos tratam nesse artigo a priori da polemica referentes a cota racial nas universidades brasileiras logo após fazem uma analise da pesquisa realizado (Shimizu et al.,2006) onde foram entrevistados 403 alunos universitários da universidade publica do estado de São Paulo que não adota a política de cotas, alunos de diferentes cursos, sexo, renda paterna e cor (auto declarada). Onde pode se verificar que apenas uma pequena parcela dos alunos negros aceita esse tipo de ação afirmativa. O referencial Adotado nesse estudo foi a teoria das representação sociais (Sousa, 2002: Arruda,2005; Menin e Shimizu, 2005). O Resultado alçados passaram para uma análise das resposta através do ALCESTE (analyse lexicale par contexte d'un ensemble de segments de texte, de Max reinert,1990), de maneira a investigar a presença da classe das repostas.
Conclui-se assim como a pesquisa a partir da analise das respostas dadas pelos alunos, acredita-se que estamos presenciando o questionamento de valores até então considerados justos nas politicas de acesso as universidades. Assim valores como justiça, igualdade, esforço próprio (mérito), sobre as quais a maioria das universidades respalda suas respostas opondo-se ás cotas, estão sendo questionados pelas políticas de ação afirmativa. Ao ver dos autores trata-se de conflitos de valores em que o sistema de ingresso no ensino superior é visto por parte da sociedade – pelo movimento negro, em suas diferentes organizações representativas, por intelectuais e alguns políticos - como um sistema excluente e injusto, que deixa fora da universidades negros e pobres, tendo como justificativa o pressuposto da justiça do mérito e principio oitocentista dos indivíduos perante a lei.
Walter Bruno

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